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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Resort em Cuba com "sotaque" português

"Pestana Cayo Coco Beach Resort" assim se designa a primeira unidade do grupo Pestana, em Cuba.


O hotel de quatro estrelas, construído de raiz é a primeira aposta do grupo hoteleiro português naquele país, cujos índices turísticos têm vindo a subir ao longo dos últimos anos, constituindo um destino de primeira escolha de muitos europeus e latino-americanos.   

A entrada em funcionamento deste moderno complexo hoteleiro, com 508 quartos, em 11 edifícios, de apenas três andares, com excelente enquadramento paisagístico, conta com um total de 3 piscinas, para adultos, uma outra para crianças, um Clube infantil, quatro restaurantes e cinco bares, onde a cozinha cubana mas também a internacional são a imagem de marca do "Pestana Cayo Coco Beach Resort" que ocupa uma área de 100 mil metros quadrados e uma fabulosa vista para o mar do Caribe.  

Curioso é também o facto do Chef executivo dos restaurantes à "lá carte" ser de  nacionalidade portuguesa, o que vem permitir a boa representatividade da gastronomia portuguesa, nas ementas desta unidade, aberta a 1 de agosto, como confirma fonte do grupo.

Um design moderno e colorido, tipicamente cubano, a proximidade do Aeroporto Internacional de "Jardines del Rey", a muito poucos quilómetros, fazem do "Cayo Coco" um verdadeiro paraíso tropical, com praias de areia branca, águas calmas turquesa, ideal para mergulho e para desfrutar da natureza. Neste capitulo além da praia privada, das águas propícias para a prática de vela, são ainda disponibilizados aos turistas passeios a cavalo, além das mais modernas comodidades climáticas e de comunicações. 
destino é uma autêntica reserva natural, rodeada por exuberantes recifes de corais o que traz adicional atractividade a este hotel, explorado através de um contrato de administração celebrado entre a cadeia portuguesa de hotelaria e a empresa cubana de turismo Gaviota.Cc-06/13

sexta-feira, 26 de julho de 2013

"Gaiteira galega" partilha tradição e sentimentos

Cristina Pato já fez história na música galega...num percurso que não para!

Nascida em Orense, Cristina Pato viria a converter-se em 1998 na primeira mulher "gaiteira" a publicar um disco a solo. O feito, marcante, não ficou por aí, levando Cristina Pato a colaborar com artistas da World music, do Jazz, à música clássica e experimental, já que a "gaiteira" viria a concluir Mestrado em Artes Digitais.

Fastidioso seria enumerar os músicos e os discos com quem a "gaiteira galega" como é conhecida - tem colaborado, na ordem das quatro dezenas... 

O seu estilo ímpar e inconfundível - ou não tivesse surgido em palco com o "cabelo verde", pauta-se pela enorme paixão e energia que os vários meios de comunicação, entre os quais o New YorK Times têm realçado, e o público aliás, sente quando Cristina está em palco.

Radicada desde 2004 em Nova York, onde se doutorou em Artes Musicais, na Universidade de Rutgers, Cristina Pato veria confirmados os seus créditos em toda a Espanha, na Europa, em Jerusalém, Portugal, Brasil, Reino Unido, França, Itália, Alemanha ou México, através de memoráveis concertos, espectáculos e apresentações televisivas, desde a BBC à CBS, passando é claro, pela Galega ou a RTVE.

Em termos discográficos, são já 4 os discos da "Gaiteira Galega", onde se evidencia «The Galicia Conection», datado de 2010. E este também o nome de  um magno e meritório projecto que anualmente traz à Galiza, músicos e artistas de todo o mundo, de estilos, origens e influências tão diversos, produzindo em conjunto irrepetíveis concertos.

«SOAS Mulher» é um dos CDs, resultante de outra paixão de Cristina Pato - o piano, trabalho esse dedicado à Mulher e o seu papel na sociedade.

A exímia pianista tem, pode dizer-se obras marcantes, como "Piano Concert" com a Orquestra Sinfónica da Galicia a que obrigatoriamente temos de juntar a obra sinfónica «Rosa dos Ventos» um trabalho com a Orquestra Sinfónica de Chicago. 
E a comprovar a multifacetada música ou artista que é Cristina Pato, está aí a trilha sonora por si produzida, para «El Hombre de Arena» película da Sony e Iroko Filmes. 

As experiências nas áreas do jazz, da música contemporânea e tradicional, mas também da música digital, continuam a abrir vias para a gaita-de-foles, precisamente pela mão de Cristina Pato. 
A verdadeira embaixadora deste instrumento tradicional, ligado à pastorícia, é  agora conhecido e apreciado no mundo inteiro... fruto dessa "saudável convivência" com outros instrumentos e estilos musicais que a "gaiteira galega" tem apadrinhado ...   

Ponte da Barca sentirá esta sonoridade inconfundível da "Gaita de Foles" bem como toda a energia, fôlego e paixão de Cristina Pato pelas suas origens -a Galiza ...aqui tão perto.  

quarta-feira, 24 de julho de 2013

a "SANFONA" ficou orfã


DOMINGUINHOS ‪#‎Dominguinhos‬
 "Sanfoneiro" dos quatro costados, partiu para uma longa viagem. E foram mais de cinco meses de internamento, num quarto de hospital, em São Paulo com Dominguinhos, sem  nunca deixar de lutar pela vida !

O Brasil chora essa pessoa dócil, esse cavalheiro de verdade, o homem humilde e cheio de humor, o artista de enorme talento, conhecido no Brasil, em toda a america latina e no mundo por Dominguinhos... 


Partiu esse Autotodidata que desde pequenininho aprenderia a tocar "Sanfona" (acordeão) como ninguém, ou aliás, como o seu grande mestre - Luís Gonzaga.
As Pautas, Dominguinhos chamava de "Desenhos" belos desenhos...Mas com ou sem elas,  certo é que tocar qualquer música ou interpretrar de forma muito pessoal uma imensidão de ritmos, nunca foram problema para Dominguinhos, que cantava, tocava e encantava, os fãs nos diferentes palcos (de espectáculos e da vida) por onde passou. 

A última subida de Dominguinhos a um palco, aconteceu a 13 de dezembro de 2012, precisamente para homenagear os «100 ANOS» passados sobre «o Nascimento» desse grande vulto da música e da cultura brasileiras - Luís Gonzaga. Aí uma vez mais "Dominguinhos" munido do inseparável chapéu, qual ícone-maior usado por estes dois grandes embaixadores das tradições nordestinas e do Brasil, lembrou o dia em que "Gonzagão" o considerou como o «herdeiro artístico natural" .  



Um "titulo" que Dominguinhos viria a assumir desde então, em palco e entre os músicos e cantores do Brasil, com quem partilhou os palcos, a vida e as canções, ...e tantos e tão talentosos foram, durante mais de seis décadas de actividade e criatividade incríveis...Cc/06/13

«Um enorme orgulho, essas palavras do mestre, era eu ainda um adolescente», na idade e na música, recorda o sanfoneiro nordestino, de 72 anos de idade, que o Brasil recorda já com saudade e entoa ...


""Que falta eu sinto de um BEM !! Que falta me faz ....""

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Tantas foram as músicas e os palcos, partilhados por Dominguinhos com cantores, compositores e músicos brasileiros, nomeadamente, Djavan, Elba Ramalho, Ivete Sangalo, Gilberto Gil, Chico Buarque (de Holanda) e tantos e tantos outros que agora manifestam a enorme perda para o Nordeste, na música e na "Sanfona" e para o Brasil de um modo geral. 
Outros nomes das artes e dos palcos, na américa latina também lamentam o desaparecimemto de tamanha personalidade da Música.

Elba Ramalho
Profundamente emocionada, Elba Ramalho postou no twitter as seguintes palavras:
"Lá se vai, o meu amor, deixando uma grande saudade..." Dominguinhos, eterno amor, amizade sincera!! 


Meu coração chora a morte do amigo querido, Dominguinhos. Rezando por ti, querido!”


A história de Dominguinhos e Elba Ramalho é de admiração e conexão na origem agreste, além da parceria em sucessos estrondosos como “De Volta Para o Aconchego”, “Isso Aqui Tá bom Demais” e “Eu Só Quero Um Xodó”. 

Grandes amigos, a dupla gravou um CD, em 2005, o “Baião de Dois”. Dominguinhos também participou do DVD de Elba, “Canta Luiz”, em 2002, homenagenado outro gênio, Luiz Gonzaga.

A afinidade era tão grande que Elba & Dominguinhos ganharam o Prêmio de Música Brasileira, em 2006, como Melhor Dupla!
Ivete Sangalo
Vá em paz Dominguinhos. Sentirei saudade do seu sorriso, mas você é maravilhoso e nos deixou a sua musica . 
Chico Buarque
Chico sobre Dominguinhos:
"Perdi um amigo e um parceiro querido"
Brasil perde um dos maiores músicos do país, mestre Dominguinhos, memorável parceiro e amigo de Elba Ramalho! Sanfoneiro deixa legado eterno!

Djavan
"Dominguinhos é um músico extraordinário, que a gente ama desde sempre!", ressaltou Djavan, na ocasião em que participou do projeto “Dominguinhos Volta e Meia”. Entre as parcerias de Djavan com o mestre sanfoneiro, estão canções como "Retrato da Vida". O talento plural de DOMINGUINHOS permanecerá para sempre como uma das maiores referências da nossa música! 



Ivan Lins 
Olá pessoal, 
Somente agora, no final do dia consegui me manifestar sobre esta perda gigantesca, que foi a perda do nosso Mestre Dominguinhos.
Estou sem palavras, estou muito triste, pois estávamos orando, com fortes correntes por melhoras. Agora, devemos nos fortalecer e dar todo apoio necessário à família. Descanse em paz meu querido! Muito, muito triste!

Uxía
Vai deixar saudades, mestre Dominguinhos! Hoje Pernambuco e o Brasil perdem a uma das estrelas mais lindas da música nordestina e universal.
Fica a sua sanfona, o chapeu, as composições brilhantes, o seu sentimento para aliviar o nosso cansanço! Que falta nos faz um xodó, que falta vamos sentir de ti!!! Beijo grande desde terras galegas e boa viagem!

MPB - Música Popular Brasileira
Lamento sertanejo (Forró do Dominguinhos)
Por ser de lá do sertão
Lá do cerrado
Lá do interior, do mato
Da caatinga, do roçado
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigo
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado

Por ser de lá
Na certa, por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo
Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão boiada
Caminhando a esmo

(Gilberto Gil - Dominguinhos)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

"Mariachi" a tradição transmitida aos jovens

A primeira "Escola de Mariachi" acaba de abrir na capital do México. Uma iniciativa que surge cerca de nove meses após o reconhecimento por parte da UNESCO deste género da música mexicana - "o mariachi ", considerado - "Património Cultural Imaterial da Humanidade" tal como acontece aliás com "o Fado", em Portugal.

A formação musical de jovens mas também o estudo e a preservação deste ícone-maior da cultura mexicana "o mariachi " é objectivo desta academia, cujas verbas de funcionamento são suportadas pelo governo da cidade-capital deste país da américa latina.
Doze professores  da Universidade Independente de Música do México, ensinam os alunos a tocar  diversos instrumentos desde o violão, o violino, ao trompete, a harpa e outros ligados à tradição "mariachi".  Após três anos de estudos os jovens adquirem o grau de profissionais técnicos em educação musical. E recordemos aqui o acto simbólico dessa distinção que ocorreu na principal praça pública de Guadalajara, oeste do México, no âmbito do 19º Encontro Internacional de Mariachi* que haveria de contar com um milhar de "mariachis" provenientes de dezenas de estados e países.
Oito músicos, crianças entre os cinco e os dez anos de idade, vestidas de mariachi, com seus típicos "sombreros", tomaram em suas mãos a responsabilidade da sua geração manter viva esta tradição.















"Só lhes pedimos que conservem e preservem este legado e suas tradições", disse Consuelo Sáizar, diretora do Conselho Nacional para a Cultura e as Artes do México.
Uma responsabilidade partilhada tanto mais que um comité nacional de analistas e funcionários de Governo, definirá as estratégias a seguir para salvaguardar esta música e difundi-la pelo mundo. 
E os primeiros passos estão dados com a entrada em funcionamento de uma audioteca com 140 peças musicais e 50 mil audios de diversa índole, desde 1910 aos nossos dias, bem como uma biblioteca e mais recentemente a criação então da Academia de Mariachi e o leccionar dos seus cursos. 

Mas afinal o que é "o mariachi"
É tudo para os mexicanos . Mariachi é o som emblemático deste país da américa latina, que toca os corações deste povo, ao evocar a história e as tradições do México. Quem já foi ao México terá dado de caras, nas diferentes praças públicas com grupos "mariachi" com uma indumentária inconfundível onde os chapéus de abas largas são uma referência. O acompanhamento musical dos momentos mais importantes da vida dos mexicanos faz-se com "mariachi". Noivados, casamentos, batizados, os aniversários, os eventos familiares e até os funerais contam sempre com esse som e temas tradicionais. E mariachi é isto mesmo... parte inseparável da vida do México e do seu povo.

*Os Encontros Internacionais de Mariachi são já um hábito, regra geral, a cada ano que passa, tendo lugar com um programa diverso, realizado durante a segunda quinzena de agosto, e no qual participam "mariachis" não só mexicanos mas também de diversos outros pontos da America Latina e da Europa.
Cuba, Costa Rica, Venezuela, Alemanha, Colômbia, Aruba e Canadá alguns dos 14 países, num total de mais de seis dezenas de "mariachis" participaram no último meeting  que decorreu em Guadalajara, capital do estado de Jalisco, no México. Cc-06/13

quarta-feira, 3 de julho de 2013

"Malvela" ou a partilha de vivências luso-galegas

Galiza e Portugal nunca estiveram tão 
próximos e, exemplos existem de sobra, ao nível de uma ligação geográfica, cultural e até em muitos casos de familiaridade, entre as duas margens do rio Minho.

Os elementos que agora aqui trazemos são mais um dos bons exemplos dessa ligação cultural, mas também de amizade e trabalho conjunto em torno de um relacionamento lato, duradouro, aprofundado e com usufruto para os dois "braços" deste território...  Vejamos então!

«Malvela» é um grupo de vozes da tradição. As canções que vêm da terra cantadas por «Malvela»... E a Galiza aqui tão perto... efectivamente. 
Diria até que se sente e vive a mesma cultura, de um e outro lados desse caminho de águas... Castro Galaico Festival de Nogueiró (já no concelho de Braga) vive por estes dias essa realidade, juntando galegos e lusitanos artistas num mesmo cenário ou palco. E não é de hoje esta ligação, antes se repete ano após ano, edição a edição do evento. 

«Raianas»
O mais recente trabalho discográfico do grupo "Malvela", por sinal gravado ao vivo, que por si só já é sintomático dessa partilha da música, independentemente do lado que se considere ser o palco - artistico e da vida, intitula-se "Raianas".
Oriundo da aldeia da Sanguiñeda  (Mos ) na  Galiza,  acaba por ser a continuidade de um trabalho, continuado e sequencial, deste conjunto de cantadeiras, qual viagem pela música de ambas as margens do rio Minho, a tal "fronteira" natural entre a Galiza e Portugal mas que nada impede, bem pelo contrário, de meio de aproximação entre os dois povos.   

Contendo temas tradicionais, a que se vieram juntar canções novas, sem deixar de incluir, alguns dos maiores êxitos do grupo «Malvela» esta é uma aposta centrada na ambiência raiana e na ligação destes povos irmãos. Diferente não será então a mensagem que as "senhoras" cantadeiras trazem aos espectáculos, na linha aliás do feito na discografia editada. E já são quatro as obras de "Malvela", um grupo musical, mas que vai muito para lá disso mesmo constituindo uma das propostas mais atractivas da musica galega, muito por força da enorme capacidade dos seus elementos e do todo em particular em se ligar, em inter-agir com públicos de idades e procedências diversas.

A isso não será alheia a sua composição, mulheres simples, divertidas, boas vozes e com idades que vão dos trinta e pico até mais de oitenta, o que faz toda a diferença. Se lhes juntarmos a força e convicção natural deste conjunto de mulheres quando canta, ou sobe a palco, tornando a actuação numa enorme e contagiante festa. E aqui está, se assim se pode chamar o "segredo" de Malvela. 

Discografia
«Raianas» é o mais recente álbum, gravado ao vivo, qual homenagem do grupo ao seu povo e fãs, poderemos dizer mas também "um manifesto agradecimento" ao trabalho realizado desde a criação do grupo, na aldeia de Sanguiñeda comarca de Pontevedra. 
Para trás ficaram então « Que o pano non me namora» o primeiro álbum datado de 2002, ao qual se seguiria «O Aghinaldo - (2004) e «Da miña xanela á túa» saído em 2007.

Composição 

Importa referir a composição do grupo Malvela  pois numa aldeia conhecem-se as "as señoras" Carmen, de 86 anos, Silvina, Fita, Clara, Carmiña, Carmen, Lina, Maruxa, Aurita, Dina, Teresa y Adela (vozes), Ana Senlle (voz, pandeireta y dirección vocal), Gustavo Domínguez (acordeón y arreglos), Sérgio Tannus (Guitarra, cavaquiño y viola caipira), Raquel Domínguez, por sinal a mais nova do grupo com 32 anos (gaitas y flautas), Anxo Pardo (tambor, pandeireta y castanholas) y Pablo Ces (no bombo).

e Amigos
Os amigos são importantes e de que maneira pelo que às cantadeiras se juntam habitualmente os músicos e cantores como Uxía, Carlos Blanco, Nuria Freiría, Oli Xiráldez assim como a poetisa de Mos - María Magdalena.

Dizer da história que «Cuando un grupo de mujeres se anotó en el curso sobre cantos populares,  dirigido por la trovadora gallega Uxía Senlle en la aldea de Sanguiñeda (Mos) nadie presagiaba cuál iba a ser el resultado»
Aquela actividade acabaría na criação de Malvela, un divertimento que «iría mucho más allá hasta grabar discos, montar espectáculos, hacer giras más allá de nuestras fronteras y sorprender en el panorama musical gallego».

E qual continuidade Uxía Senlle, directora artística del proyecto, acrescenta  que “Se trata de hacer visiviles los vínculos, a identidad histórica y lingüística entre las dos orillas del Miño, padre de Galicia. Esos vínculos se concretan en forma de disco 'raiano', que pretende ser una herramienta excepcional para que Galicia y el norte de Portugal tengan a través de la música relaciones cada vez más estrechas, como un 'matrimonio' de amor interesado”.

Viva a música...Cantemos con  Malvela, Gracias a  nuestros hermanos de Galicia!!!